Um recente estudo do Núcleo de Estudos Digitais, do curso de Mestrado em Estudos Literários da Universidade Federal do Espírito Santo, revelou um dado assustador sobre a formação da informação no Brasil. Hoje o Facebook é a principal fonte de informação de 72% dos brasileiros. Em média o brasileiro passa por dia 4 minutos diante do jornal impresso, 7 minutos diante do telejornal e 6 horas diante do Facebook.
Uma distorção grave do aspecto formativo da intelectualidade brasileira é exposta ao analisarmos a quantidade de caracteres lidos na rede social. Em média o brasileiro lê a cada 10 minutos cerca de 1200 caracteres no Facebook. 1200 caracteres é o número médio notado em uma ´página de livro. Com isso podemos deduzir que a cada hora conectado o usuário leria cerca de 6 páginas. A cada semana 252 páginas. Desta maneira o usuário deixa de ler 4 livros por mês.
É como se deixássemos de ler Edgar Allan Poe, Liev Tolstói, Graciliano Ramos e Júlio Verne para acompanhar a postagem da vizinha que manda indiretas para o ex, o colega de escola que está encantado com o poder dos anabolizantes ou o amigo do trabalho que se acha stand up comedian. Esta distorção da atividade cognitiva pode ampliar significativamente o número de analfabetos funcionais em nosso país.
O Facebook está roubando seu tempo e sua habilidade cognitiva.