macumba

Em Conselheiro Pena, pequeno município do leste de Minas Gerais, localizado a 450 Km de Belo Horizonte, um caso divide a opinião dos munícipes. O estudante de iniciais A.O.S.L. de 16 anos foi expulso da escola após ter assumido publicamente ter feito trabalhos de umbanda contra o professor Valmir Peixoto Gomes (56).

Coincidência ou não, um dia após o aluno dizer que iria solicitar aos Orixás que se vingassem do professor ele sofreu um acidente de carro onde fraturou o fêmur. No hospital teve uma septicemia (infecção generalizada) e um acidente vascular cerebral imobilizou seu lado direito do corpo.

As ameaças ao professor, que é declaradamente ateu, aconteceram após o professor dizer durante uma aula que a mãe do estudante era uma ‘nega macumbeira’. Segundo relatos dos alunos da Escola Estadual Luiz Gonzaga Bastos o professor teria se irritado com o fato do menor A.O.S.L. dizer que se o professor acendesse outro cigarro em sala de aula ele iria falar com a mãe. Neste momento o professor teria respondido que a mãe dele gostava de charutos, uma vez que era uma ‘nega macumbeira’.

O menor confirmou a nossa reportagem que de fato solicitou em oração que o Exu Sete Encruzilhadas realizasse um trabalho de amarração na vida do professor. A mãe do menor afirmou que é possível desfazer o trabalho, basta somente que o professor peça perdão pelas ofensas que lhe foram proferidas. No entanto, o professor se nega terminantemente a reconhecer qualquer culpa no episódio.

Alberes Bezerra, o professor de Ensino Relioso da escola está há 36 horas em uma vigília de oração com cerca de 170 alunos e familiares no pátio da escola. A intenção é que o poder da fé católica se oponha a força das falanges dos Orixás. O menor fez uma última ameaça: ‘Se eles não devolverem minha vaga eu vou fazer macumba pro diretor da escola, pro secretário de Educação e até pro governador. Isso não vai ficar barato’.

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