01/12 Por: em Plantão Comentários

A trollagem da vereadora que tirou a calcinha

calcinhavereadora
No dia 29/06/11 publiquei um texto na categoria “Jornalismo Mentira” sobre um padre que teria se recusado a celebrar o casamento de uma noiva por ele perceber que ela estava sem calcinha. O texto em síntese dizia que:

O padre afirmou que “é uma profanação a pessoa subir ao altar sem vestimentas íntimas”. Ele ainda disse que a ministra da eucaristia notou que “a noiva estava totalmente depilada na região pubiana”, o que para o pároco é um flerte com a pedofilia.

Depois do episódio o padre Jonas deixou afixado na apostila do curso de noivas dois avisos: “Noiva sem calcinha é satanás na cabecinha” e “Vagina careca é o diabo na boneca”. Assim ele espera não mais viver esse tipo de constrangimento no altar. 

[veja a notícia completa em sua postagem original clicando neste link]

Nesta semana um vereador parabenizou o padre desta notícia falsa por proibir a noiva de casar sem calcinha. O vereador era tão bem informado que usou uma notícia falsa publicada há 3 anos e apresentou como se fosse uma grande novidade. Aproveitou a oportunidade para destilar toda sua misoginia. Confira no vídeo:


Em resposta a misoginia do vereador Agamenon Sobral a sua colega de legislatura Lucimara Passos respondeu ao preconceito com um discurso inflamado. No auge de sua argumentação a vereadora informa aos presentes que também está sem calcinha e mostra a peça bege para o público que acompanhavam o pronunciamento. Confira no vídeo:

Não é a primeira vez que esta notícia causa furor em Câmara de Vereadores. Ainda em 2011, o vereador Ozias Zizi (PRB) protocolou projeto que proíbe que mulheres sem calcinhas se casem em cerimônias religiosas nas igrejas do município de Vila Velha. Confira no vídeo a argumentação do distinto legislador capixaba:

O “Jornalismo Mentira” não é só uma piada republicada em jornais, revistas, sites e programas e TV. Na verdade ele é um alerta bem humorado que criei para as pessoas não acreditarem em tudo que leem sem checar as fontes. O entrevero entre os vereadores poderia ser evitado caso tivessem se dedicado um pouco mais de atenção ao conteúdo que pautam suas legislaturas.

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