Prostituta busca aposentadoria após ejaculação no olho deixa-la cega
Ana Lucrecia é capixaba, tem 27 anos e é uma profissional do sexo em Vila Velha, município da região metropolitana de Vitória. Ela busca na justiça sua aposentadoria por invalidez depois de ter sido vítima de um acidente de trabalho. No momento da culminância do êxtase de um cliente, a jactância espermatória teria atingido de forma brusca a íris de seu globo ocular lesionando gravemente a retina.
A acidez do líquido seminal somada à força do impacto da ejaculação teriam sido responsáveis por uma lesão irreversível na retina de Ana Lucrecia. Segundo Lucia Torquato, advogada da vítima, “a visão é um sentido fundamental para o exercício profissional das garotas de programa. Ela pagou a Previdência Social como autônoma durante 8 anos ininterruptos. Nada mais justo que sua aposentadoria por invalidez”.
O Brasil reconhece desde 2002 a profissão de prostituta, ano em que o Ministério do Trabalho oficializou a profissão em sua Classificação Brasileira de Ocupações, item 5198, definindo quem a pratica como sendo a profissional do sexo. Isto permite que quem vive da prostituição possa recolher contribuições previdenciárias, e garantir direitos comuns a todos os trabalhadores, como aposentadorias e auxílio doença.
Ana Lucrecia está revoltada ao ter que recorrer a justiça para assegurar um direito tão óbvio, e se emociona ao dizer que “eu fico pu** da vida com isso. Pagava quase quinhentos reais por mês de previdência e agora que preciso de me aposentar ficam de frescurada por causa da minha profissão. Como vou atender um cliente sem enxergar a ferramenta de trabalho?”
Segundo os cálculos da Drª Lucia Torquato, a aposentadoria devida a Ana Lucrecia estaria avaliada em R$ 4.972,64 mensais. Aos 27 anos ela pretende usar o tempo disponível se dedicando a entidades filantrópicas de amparo a idosos. O caso desta profissional deixa uma lição a todo brasileiro: Pague em dia a previdência e goze sua aposentadoria.
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